Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2006

As Rosas

As rosas   Sim, as rosas nascem. Elas crescem em campos descrentes Vemos elas, surgirem carentes, As rosas são o paradoxo total.   Elas levam o amor e a dor, A alegria e o temor, A solidão ou a união São sorrisos na conquista E choro na despedida.   Para aquele que a planta Se vingada, simboliza a vitória, Para aquele que a colhe, Tem sabor de dádiva, Para quem a vende, Sabor de recompensa, Para quem a compra, Sabor de cartada, E pra quem recebe Adoça o ego.   Mas o pior é saber Que o prazer de quem a mata É tão saboroso quanto todos os outros É um poder sobre a natureza, É a perseverança da tristeza, O calejar de cores e vida. É sem dó, causar a despedida.   Sim, as rosas nascem. Em terrenos escuros, Em corações inseguros, Em tempos distantes. Em jardins e campos, Sim, elas morrem... Contra ou a favor de tudo que representam Morrem sempre sós, Clamando para que as alimentem. Mutiladas, maltratadas, sem sementes.  

Vós

Vós   Vós que em um só momento me deste tudo Vós que neste mesmo momento me jogou ao chão Vós que esteve comigo nas horas mais difíceis Vós que ao menos, me estendeu a mão, Vós que com um triste olhar me disse adeus, Vós que neste lampejo do mau que me fez, Se deixou ir, sem me pedir para continuar com você.   Com a voz rouca de tanto gritar, Vós seguistes em frente, sem olhar para traz. Vós que eu amei, Vós que nada me destes, Rosas mortas e sem cor Assim foi o nosso amor, Ou apenas o meu amor, Pos vós... Vós não amastes ninguém, Nem a ti, ou a qualquer outro, Vós que é tão distante de tudo! Distante de eu, tu e ele. Próximo do fim talvez. Vós que sozinho vai continuar Pois mesmo com alguém nunca vai se entregar Seguiras apenas com a minha voz a gritar. Fuja, pois aqui nada mais vai encontrar.