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Nem mesmo o tempo (pra não dizer que sumi)

Os anos passam como vento Derrubam arvores, destroem construções Mas também espalham vida, fertilizam corações. Em cada tarde sombria Ou dia ensolarado Seja pela luz que invade o quarto Ou os tons do céu que anoitece Sempre me trazem você. Não importa quanto eu lute Ou o quanto eu tente esquecer Mas as musicas que escuto Sempre me lembram você Nas palavras que me disse Encontro dor e acalanto Mas nada apaga o que sinto Nada te apaga do meu pensamento. Parece que tudo não passa de uma brincadeira Que não faz sentido estarmos distantes Que não devemos deixar esse sentimento ir embora Esquecer todas as barreiras, viver apenas o agora. Os anos passam feito vento E por mais que eu queira Ele não me leva você E nem ao menos a traz de volta Se nem mesmo o tempo Pode destruir o que sinto por você O que será preciso para apagar Esse buraco com seu nome no meu peito?

O que tenho é a Saudade, e dela nada pode se fazer.

A saudade é palavra que brota nos meus dias palavra morta e sem vontade que não busca nem sana necessidade... A saudade é ausência e de ausências estou  cheio. Me preenchem de vazio, Me fartam de receio. A saudade substitui  perenidade Não tenho dor, amor ou  felicidade, Não tenho toque, beijo,  verdade ou falsidade... O que eu tenho é a saudade e qual é a cor da saudade? Todas as minhas memórias  são manchas Preto, branco e  distancias. Fogo fátuo, vento frio e  reentrâncias. O que eu tenho é a saudade E dela não me desfaço, São marcas dos que me  esquecem, Tesouros, sobras, daqueles que nunca esqueço. Está te sido uma palavra que se repete muito nos meus dias. digo a muitas pessoas, leio de muitas outras. e ela vai perdendo o sentido, substitue presenças. atos. ter saudade não é remédio, nem doença. dói, as vezes alegra. nos faz lembrar e sentir falta. mas as coisas passam se modificam. só sobra lembranças e saudade. o resto vai se perdendo. e se per

E o ano Continua...

De corações furados e amores perdidos.   Corria com os braços estendidos E de olhos fechados. Cheia de desejos  reprimidos  Perdida entre amores  passados. Fugia de todo seu passado Dos beijos não dados Das palavras não ditas... Seguia em frente sem medo Seguia… buscando coisas escondidas. Não sabia para onde estava  indo Não queria saber se já  estava perdido Ela de braços abertos, Ele de braços vazios. Ninguém soube da origem  Mas o destino foi seu lado  esquerdo No estomago a vertigem Os braços estendidos... um furo no peito. Ele pescando sonhos... Ela vivendo medos... Ela com alguém por perto Ele é só o vazio do  espírito.

Primeiro do ano.

Das coisas que perdi sem nunca ter. Mesmo agora não sei... Não sei o que pensa, Não sei o que sente. Só sei que é breve nosso futuro, Curto nosso passado, Incerto nosso presente. Mesmo hoje não consigo... Imaginar onde está, Saber o que está fazendo. Só sei que logo nada saberei. Só sei que logo a perderei. Breve vai ser nosso encontro Curtas, as palavras de despedidas, Incerto nossos últimos momentos... Mesmo não... na verdade... Acho que nunca soube, Nunca saberei. Aquela que está a partir Nunca mais voltará. Será outra quando eu a ver, Por tantos novos caminhos pode se perder. E não estarei ao seu lado, Nunca estive de fato. Sei apenas que sinto uma dor ao ver partir Que buracos crescem em meu peito . É o medo e o desejo de tentar, A vontade de mudar, De não deixar partir, de não deixar fugir A dona dos meus sentimentos A causa dos meus tormentos.