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Discutindo o racismo texto 3 – Nosso cabelo não é ruim, duro ou Bombril – ou o preconceito nas escolas.

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Em alguma escola desse pais, poderia ser em qualquer lugar do Brasil, em qualquer cidade, em uma escola pública ou privada, em qualquer época... Uma professora teve a brilhante ideia de decorar um desenho de um boneco com pedaços de esponja de aço... A intenção era das melhores... sem dúvida. Desdobramento didático de um livro infantil “o Cabelo de lelé” que busca falar da beleza do cabelo crespo (apensar de não tão bem, mas isso é assunto pra outro texto). Poderia ser em qualquer lugar, mas aconteceu em uma escola da periferia de São Paulo em pleno 2017. A professora, inocente... não viu nada de errado, e ainda disse a famosa frase “o preconceito está na sua cabeça”. Não, se você teve uma atitude preconceituosa, então o problema está na sua cabeça. Pode ser inconsciente, pois o racismo é uma estrutura soterrada durante os séculos como se fosse o normal. Mas o racismo na escola acontece de formas bem mais sutis também. Um dos mais fortes é o “lápis cor de pele” que na verdad

A história que o tempo contou

O tempo me contou uma história De um encontro em um mundo sem laço Dois quase desconhecidos Na multidão de perdidos, O arrepio na pele em um abraço Contou sobre o brilho do sorriso Mas que os olhos ficaram escondidos Num mundo sem gosto (sal não basta) Sinceridade era seu tempero Saborosa e picante em cada mordida. O tempo contou que seu tesouro: Um coração guerreiro, Era invisível ao mundano sem brilho.... Incrível pensar na beleza invisível. Sobre o prazer escondido de em você me perder Sentindo em meu toque aos poucos umedecer. O tempo falou do indefinido Do que rótulos e padrões não dão sentido Dos sentimentos e surpresas que só um sorriso pode explicar... Da felicidade e força que ganho Ao te encontrar.

Em memória.

Busco cada lembrança da nossa infância E a sua risada e ingenuidade é o que mais me marca. Sempre doce e calmo, engraçado e bobalhão. E depois de adulto todas as distâncias a vida nos impôs Não ter tempo para lembranças é o que mais nos dói. E quando notamos que alguém partiu... Nada mais adianta fazer. Tentamos chorar pra colocar pra fora o mar escuro do nosso coração. O que sobra é o desejo de que vá em paz: Meu primo. Meu irmão. 

Discutindo o racismo texto 2 - Desconstruindo Ruth Catala

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Viralizou desde sexta feira (03/03/2017), (recebendo a coroa de quase branca pela MBL) um vídeo de uma youtuber falando ainda sobre o caso da garota branca que foi supostamente agredida por usar turbante. Neste vídeo, Catala fala sobre vários temas que a comunidade preta vem discutindo na internet, desmerecendo-os todos, e taxando as lutas de diferentes comunidades como “mimimi”. Durante essa história toda do turbante, alguns vídeos falando sobre o tema circularam bastante pela net. A maioria desses compartilhadas por negros, (falando de uma esfera pessoal apenas um branco no meu ciclo de conhecidos compartilhou a visão de um negro sobre o caso. Enquanto vários outros brancos quiseram entrar na discussão contra o termo apropriação cultural e até mesmo negando o racismo.) Já o Vídeo da Ruth está sendo compartilhando por negros, brancos e não negros. E grupos como MBL que se posiciona sempre contra as minorias estão a aplaudindo de pé. Primeiro, vamos parar e pensar porque